Deixo aqui o itinerário escolhido para que possam tirar umas ideias, num próximo fim de semana.
Combinámos à porta do restaurante às 8.30 mas chegámos cedo.....então andámos às voltas, eu e o meu mais que tudo. O restaurante ficava na baixa, na rua dos Sapateiros, 177, a que tem uma arcada e é paralela à rua Augusta.
Como estávamos a queimar tempo, fomos à descoberta e entrámos, nada mais nada menos, que no antigo cinema onde há alguns anos passavam filmes para maiores de 18 anos!!!
Aquilo é um local muito interessante, eh, eh, onde por apenas 2 euros se pode ver uma senhora toda descascadinha. São cabines onde com alguma dificuldade me fiz caber, a mim e ao meu marido.
Colocam-se as moedas e abre-se uma janela de onde se vê uma senhora numa cama redonda que se move, move-se a cama e move-se a senhora!!!..o máximo!!!
Andava com curiosidade de ver este tipo de atracção e já está, já vi, finalmente.
Depois daquele curto show lá fomos para o restaurante com mais uma experiência vivida. Sim porque isto na vida devemos experimentar quase tudo :)
O local da paparoca escolhido foi o restaurante Uma, onde, segundo a revista Timeout, tem o melhor arroz de marisco de Lisboa. O espaço é pequeno, muito simples mas cosy. E deve constar em algum roteiro, tendo em conta que se ouvia falar espanhol, italiano, etc
Para entrada serviram-nos queijo com pão e depois escolhemos uns camarões com um molho generosamente picante. A sorte (ou azar) era estarmos longe de casa, porque todo aquele picante mais a visita à casa da luz vermelha..tinha dado em algo mais, certamente!!!
Depois mandámos vir a verdadeira razão porque estávamos ali: o arroz de marisco.
A dose individual custa 10€ e a dose para 2 é o dobro, 20€. Como éramos 5 adultos, optámos por duas doses de cada de camarões e arroz. Chegou bem para todos.
O arroz, não vou dizer que é melhor que os degustados noutras ocasiões em Sesimbra, mas é muiiiiiiito saboroso. E afinal estamos na Baixa de Lisboa. E a nossa Baixa está muito bonita. É um gosto por lá andar. Terei um dia que me dedicar a falar só desta....
Como a noite ainda ia ser longa, ficámos pela cerveja, a qual ia ser a nossa companhia para não haver misturas. É que a Malta no dia seguinte tem os filhos que requerem a nossa atenção e crianças não combinam com ressaca, certo?
Bem, acabado o jantar e pago, deu 15 € por pessoa, com digestivo incluído, lá fomos para a fase seguinte: Cais do Sodré.
Podíamos ter ido a pé, mas desta vez fomos comodistas e enfiámos-nos todos no carro.
Já no Cais, e como chegámos cedo, enfiámos-nos na PENSÃO DO AMOR. Mostrámos a quem não conhecia a livraria para maiores de 18 anos e a sex shop.
Deixámos que aquele ambiente, que só este espaço tem, tomasse conta de nós.
Dançámos, apreciámos, trocámos olhares e cumplicidades, rimos, lambemos mais uma cerveja fresquinha e deixámos-nos estar.
A Pensão é sem dúvida daqueles locais de must visit, must go, must stay de Lisboa. E quanto mais cedo melhor para arranjar mesa e para conseguir ver todos os recantos que tem para oferecer. Depois da meia-noite faz fila para entrar lá dentro....
Quando saímos fomos encher o copo de cerveja num dos muitos bares de porta aberta e ficámos como tantos outros, na rua. Esta rua assim cheia, lembra-me Sagres. Também aqui a avenida principal enche-se de gente gira e bem disposta.
Acabámos a noite no ROTERDÂO, a dançar como se não houvesse amanhã. Entre outros estilos, passa muita música dos anos 80 e 90 e não se paga para entrar.
Chegámos cedo a casa, por volta das 3. Mas com o dever cumprido.
Contrariámos o hábito de ficar no sofá a ver filmes. Contrariámos a vontade de ficar no aconchego do lar com a salamandra ligada. E matámos saudades da baixa de Lisboa que, sem dúvida alguma está na moda, com muita gente a circular nas ruas que nos habituámos desertas e restaurantes cheios.
Regressámos a casa com saudades redobradas da nossa caminha e com vontade de repetir a noite.
Pensão do Amor
Livraria da Pensão do Amor
Entrada para a Rua dos Sapateiros (pelo Rossio)
Restaurante UMA